SAUDADES DE JESUS

Autor: Roberto Jovino da Conceição

Quando estamos nos grupos de estudos, juntos com os companheiros sempre há alguns apontamentos sobre Jesus… lembramos algumas passagens, comentamos algumas parábolas, e nos sentimos felizes por sermos cristãos, e estarmos sempre com os ensinamentos do Cristo em nós.
Mas, ainda temos a dificuldade de absorvermos os seus exemplos.
Lembrei-me de um companheiro muito querido, da cidade de Mirassol que certa vez nos contou essa passagem do nosso querido Chico Xavier.
Após os trabalhos no centro espirita, a multidão de pessoas em fila espera para cumprimentar e beijar as mãos do Chico ou ao menos toca-lo.
Chico sentado atendendo a todos que beijavam as suas mãos e ele beijava-lhes as mãos com muito amor.
Cada pessoa tinha uma frase:
– “Muito obrigado pelo senhor existir”.
– “Você é um amor, salvou-me a vida”.
– “Que Deus lhe abençoe, reze por mim, ore por meu filho”.
Chico então exclamou baixinho e manso como é característico de seu caráter:
“Adelino, não tenho mais nada pra dar, sinceramente não sei porque a multidão continua vindo aqui…”
O Adelino ficou pensativo para poder dar uma resposta que não o ofendesse e não magoasse o coração do Chico, porque ele mesmo era mais um na multidão. Então, lembrou-se de Jesus, e os contatos que ele teve com a multidão… leprosos, aleijados, endemoniados, cegos, mudos, viúvas, órfãos, meretrizes, a mulher hemorrágica…, e respondeu:
“É Chico… acho que eles tem saudades de Jesus.”
Ficou observando a reação do Chico. Este apenas o olhou, pareceu-lhe que a resposta o alegrou.
A contagem das pessoas foi de 390 pessoas, seus lábios velhos e sensíveis sangravam.
Então Adelino compadecido falou: “Chico, porque beija as mãos de todos?”
E Chico respondeu:
“Porque não consigo me abaixar para lhes beijar os pés”.
Só então compreendi, que quando Adelino falou “saudades de Jesus”, era porque diante da pessoa de Chico Xavier estávamos em companhia de alguém que vivenciava os ensinamentos do Cristo. Sua presença nos traz serenidade, alegria, amor e aceitação.
E aqueles que tiveram o prazer de conhecer a sua vida e obra, de trabalho no bem e na divulgação do Evangelho de Jesus em todos momentos de sua existência, o vê como um verdadeiro cristão.

Obrigado Chico!

Que possamos trabalhar para algum dia despertarmos em nossos irmãos a lembrança pura do amor, do carinho e do respeito que o nosso mestre Jesus exemplificou.
Muita paz.

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