MORTOS AMADOS
- Pelo espírito de: Emmanuel
- Pela mediunidade de: Francisco Cândido Xavier
- Obra: Na era do espírito. Editora: GEEM
Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a
visitação da morte sentimo-nos como se nos arrancassem o coração para que se
faça alvejado fora do peito.
Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar
palavras que emudeceram.
E bastas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio
de lágrimas estanques, sem recursos de evasão pelas fontes dos olhos.
Compreendemos, sim, neste Outro Lado da Vida, o suplício dos
que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um
túmulo, indagando porquê…
Se varas semelhantes sombras de saudade e distância, se o
vazio te atormenta o espírito, asserena-se e ora, como saibas e como possas,
desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis que te antecederam na
Vida Maior.
Lembra a criatura querida que não mais te compartilha as
experiências no Plano Físico, não por pessoa que desapareceu para sempre e sim
à feição de criatura invisível mas não de todo ausente.
Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que
marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam.
Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranquilizá-los com o apoio de tua conformidade e de teu amor.
Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, ei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as próprias aflições sobretaxadas com as tuas.
Compadece-te dos entes amados que te precederam na romagem da Grande Renovação. Chora, quando não possas evitar o pranto que se te derrama da alma; no entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus”.