QUANDO DIZES NÃO
Autor: Maria Dolores
Agradeço, senhor
Quando me dizes “não”
Às súplicas indébitas que faço,
Através de oração .
Muitas daquelas dádivas que peço
Estima, concessão, posse, prazer,
Em meu caso talvez fossem espinhos
Na senda que me deste a percorrer.
De outras vezes, imploro-te favores,
Entre lamentação, choro, barulho.
Mero capricho, simples algazarra
Que me escapam do orgulho…
Existem privilégios que desejo.
Reclamando-te o “sim”
Que, se me florescessem na existência,
Seriam desvantagens contra mim.
Em muitas circunstâncias, rogo afeto,
Sem achar companhia em qualquer parte,
Quando me dás a solidão por guia
Que me inspire a buscar-te.
Ensina-me que estou no lugar certo,
Que a ninguém me ligaste de improviso,
E que desfruto agora o melhor tempo
De melhorar-me em tudo o que preciso.
Não me escutes as exigências loucas,
Faze-me perceber
Que alcançarei além do necessário,
Se cumprir com meu dever.
Agradeço, meu Deus,
Quando me dizes “não” com teu amor
E sempre que te rogue o que não deva,
Não me atendas, senhor!…
Desculpe, “recordava dos dois últimos versos da última estrofe”.
Abençoada internet!
Finalmente reencontrei esse lindo poema que conheci na minha infância (hoje, 66a) e que só me recordava dos dois últimos versos da última estrofe.
Abençoada internet!