MEDIUNIDADE COM JESUS

Autora: Elizabeth Grava da Conceição

A mediunidade independe da condição moral do médium, pois tem origem orgânica (KARDEC, O livro dos Médiuns, 1861). Por isso, muitas vezes assistimos a irmãos despreparados exercendo trabalhos dessa natureza. Por esse motivo há a necessidade do estudo sistematizado das obras kardecista e do trabalho no bem.

Reconhecendo que a transformação moral e a caridade são características básicas do espiritismo, é evidente que todas as suas práticas devem ter o mesmo objetivo, seja na evangelização,  na assistência social,  nos estudos dirigidos e nas práticas mediúnicas. Por isso, a doutrina espírita utiliza o termo “mediunidade com Jesus”.

A prática mediúnica com Jesus se refere à moralização e à evangelização do médium, de acordo com os padrões estabelecidos pelo Mestre. A mediunidade sem Jesus é leviana, negligente e desrespeitosa no trato com os espíritos. Conclui-se que na primeira teremos comunicações sérias, na segunda, frívolas.

O médium que trabalha na sintonia de Jesus consegue se resguardar do assédio das trevas, das obsessões e das fascinações que espíritos maldosos tentam exercer sobre ele. Da mesma maneira, tem condições de receber comunicações de espíritos superiores, além de estar apto a doutrinar os espíritos infelizes, exercendo, assim, a caridade. A caridade é o objetivo primordial da prática mediúnica espírita.

O médium exerce caridade ao transmitir uma mensagem de esclarecimento, ou consolo, vinda de um espírito maior:

  • Quando aplica suas energias no processo curativo;
  • Quando encaminha com carinho um desencarnado em desequilíbrio;
  • Quando enxuga as lágrimas de um irmão semeando consolo;
  • Quando comprova a autenticidade do espiritismo através de efeitos físicos;

Sem o Evangelho de Jesus o trabalho mediúnico é superficial e exibicionista; é mero apelo à curiosidade, vira espetáculo circense, já dizia Chico Xavier.

Para ser um bom médium é necessário ser um homem melhor ainda.

Cada serviço nobre recebe o salário que lhe diz respeito e cada aventura menos digna tem o preço que lhe corresponde – Espírito Áulus (XAVIER, Nos domínios da mediunidade, 1954).


Bibliografia

KARDEC, A. O livro dos Médiuns. Brasília: FEB, 1861.

PERALVA, M. Estudando a mediunidade. 19 edição. Rio de Janeiro: FEB, 1997.

XAVIER, F. C. Nos domínios da mediunidade. Brasília: FEB, 1954.

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