INVEJA, UM ENORME DESEQUILÍBRIO MORAL

Autor: Jorge Jossi Wagner


Várias são as definições para a inveja: Desejo de possuir um bem que pertence a outrem, sentimento de inferioridade e de desgosto diante da felicidade do outro, ressentimento profundo e muitas vezes hostil em relação a uma pessoa que tem algo que desejamos ter e nos sentimos incapazes de possuir, cobiça da riqueza e do brilho de alguém muito próximo ou até mesmo bem distante.

Numa sociedade de grande aumento populacional, enorme competitividade profissional, onde os bens materiais são avidamente disputados e a facilidade de conhecer a intimidade das pessoas através das redes sociais, temos uma receita perfeita para o exercício da inveja, principalmente levando em conta a atual condição moral de um planeta atravessando um período de transição entre uma situação de provas e expiações para a de regeneração.

Analisando as definições e observando a presente situação que vivenciamos ficam ainda mais atuais as considerações que os espíritos superiores tem nos transmitido através do espiritismo quando nos dizem de forma clara, objetiva e racional que a inveja é um dos grandes males da humanidade, pois provoca desequilíbrios emocionais tão intensos que afetam a capacidade do indivíduo de compreender que aquilo que ele tanto almeja pode sim ser alcançado, desde que se esforce para tal pretensão e, muito importante, que analise se o alvo pretendido não é uma mera ilusão.

A inveja provoca tamanha instabilidade que passamos a comparar a nossa situação, que certamente esta dentro do planejamento reencarnatório que nos cabe enfrentar, com contextos que pertencem a outra situação particularizada e que, portanto, segue a própria linha de necessidades.

Importante considerar que o invejoso, em muitas ocasiões, não parece que tem o desejo de possuir aquilo que o outro tem, pois se assim o fosse, lutaria para conseguir tal objeto ou objetivo.

O que ocorre mais freqüentemente é que o invejoso, por ser um doente moral, busca ter o que o outro tem não para que isso o satisfaça, mas para que o outro não tenha mais tal coisa.

Aquele que inveja, investe sobre todas as situações, mesmo aquelas que ele não goste. Ele inveja as relações de amizade que as pessoas próximas ou distantes possuem mesmo que isso não lhe traga nenhuma satisfação, como por exemplo, um artista tem estreita relação de amizade com outro e isso causa no invejoso um enorme sofrimento.

O invejoso sofre porque alguém adquiriu um bem material que está muito acima de suas possibilidades e ficaria feliz se tal bem fosse roubado ou danificado e sua alegria não seria porque pudesse ter tal objeto, mas que o outro não o tivesse.

A inveja é uma doença de enorme impacto em nossas relações sociais e familiares porque o invejoso não se conforma com o sucesso do outro porque também quer ter tal situação. O invejoso inveja o outro não por admiração, mas sim porque se sente incapaz de conseguir o que o outro possui e então fica torcendo para que este perca aquilo que tem.

O invejoso não admite a felicidade do outro porque se sente infeliz e não luta para mudar tal situação e então deseja e emite vibrações negativas para que tal infelicidade também ocorra com as demais pessoas.

É urgente combater sem esmorecimento a inveja, essa doença terrível e causadora de muitas lágrimas e enormes dívidas morais. Devemos procurar ver naqueles que aparentam sucesso na vida, irmãos que também tem dificuldades, mas que lutam sem cessar para se manterem em equilíbrio.

É necessário o reconhecimento das boas coisas que possuímos, e todos temos sempre que agradecer a Deus por algo que dispomos e, essa observação certamente é um passo seguro para vencermos o desequilíbrio provocado pela inveja.

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