HIGIENE DA ALMA

Autor: José Luis Luciano

Se sabemos imprescindível a higiene interna da casa, porque não movermos o espanador das atividades benéficas desmanchando as teias das idéias tristes?

Assim como há imundície do corpo, há também imundície do espírito. O corpo, quando não é higienicamente cuidado, transforma-se em foco de sujidade e miasmas que chegam a empestar a atmosfera que o envolve.

Do mesmo modo, o espírito quando abandonado ao arrastamento dos vícios, das paixões prejudiciais, dos ambientes malsões, se torna imundo.

Há higiene da alma, como há higiene do corpo. Ambas devem ser cuidadas para saúde física e espiritual, estar bem consigo mesmo e no relacionamento com as demais pessoas.

Os espíritos contaminados de impurezas, não têm paz, nem tranquilidade de consciência. Procuram-na pelas escusas vielas de planos inferiores onde perambulam. Sentem prazer em sugerir aos homens pensamentos de maldade, ciúmes e de impedi-los de progredir no bem. Procuram sempre aqueles que lhes são simpáticos e que, eivados do mesmo mal, acatam suas idéias. Afastam-se dos que as repelem.

Este é um dos motivos pelos quais os bons espíritos nos alertam sobre a vigilância das ondas vibratórias em que estamos sintonizados, ou seja, as nossas companhias espirituais.

Na casa mental trocamos impressões com outros espíritos e, muitas vezes, recebemos, criamos e alimentamos idéias de tristezas, revoltas, rancores que são verdadeiras imundícies da alma e que irrefletidamente as agasalhamos com grandes prejuízos.

As ideias, refere-se Emmanuel (1957), são um elementos vivos, de curta ou longa duração. Nós as exteriorizamos mentalmente e  imprimimos criação fazendo com que se tornem acontecimentos e realizações. Atitudes que nos ajudam ou desajudam conforme a natureza que lhe infundimos.

Se somos atenciosos para com a higiene exterior, usando desinfetantes e instrumentos de limpeza, assegurando a saúde e a tranquilidade, movimentemos também o trabalho, a bondade, o estudo contra a dominação do pensamento infeliz, tão logo ele se esboce levemente na tela de nossos desejos omissos.

Concluímos que a lei de afinidade é uma força que não é moral nem imoral, ela age atraindo, combinando, ligando entre si os elementos da mesma espécie. O meio prático para nos imunizarmos dessas imundícies é nos alimentar de ideias renovadoras no bem.

Não basta não aninharmos o mal em nosso interior; é preciso cultivar o bem com o coração e a mente ocupados dignamente, pois é pela hora vazia que as sugestões infelizes chegam até nós.


Bibliografia

VINÍCIUS. Nas pegadas do Mestre. Brasília: FEB, 1995.

XAVIER, F.C. (Emmanuel) e (Hilda). Vozes do Grande Além. Brasília: FEB, 1957.

______ (Joaquim Murtinho). Falando à Terra, Brasília: FEB, 1974.

Você pode gostar...

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *