Pelo Espírito: Emmanuel.
Pela psicografia de: Francisco Cândido Xavier
Quando abraças seu filho, no conforto doméstico, fita essas outras crianças que jornadeiam sem lar.
Dispões de alimento abundantes para que teu filho se mantenha em linha de robustez.
Essas outras crianças, porém caminham desnorteadas, aguardando os restos da mesa que lhes atira, com displicência, findo o repasto.
Escolhes a roupa nobre e limpa de que teu filho se vestirá, conforme a estação.
Todavia, essas outras crianças tremem de frio, recobertas de andrajos.
Defendes teu filho contra a intempérie, sob o teto acolhedor, sustentando-o à feição de Jóia no escrínio.
Contudo, essas outras crianças cochilam estremunhadas na via pública quando não se distendem no espaço asfixiante do esgoto.
Abres ao olhar deslumbrado de teu filho, os tesouros da escola.
E essa outras crianças suspiram debalde pela luz do alfabeto, acabando, muita vez, encerradas no cubículo das prisões, à face da ignorância que lhes cega a existência.
Conduzes teu filho a exame de pediatras distintos sempre que entremostre leve dor de cabeça.
Entretanto, essas outras crianças minadas por moléstias atrozes, agonizam em leitos de pedra, sem que mão amiga as socorra.
Ofereces aos sentidos de teu filho a festa permanente das sugestões felizes, através da educação incessante.
No entanto, essas outras crianças guardam olhos e ouvidos quase sintonizados no lodo abismal das trevas
Afagas assim, teu filho no trono familiar, mas desce ao pátio da provação onde essas outras crianças se agitam em sombra ou desespero e ajuda-as quanto possa!
Quem serve o amor de Cristo sabe que a boa palavra e o gesto de carinho, o pedaço de pão e a peça de vestuário, o frasco de remédio e a xícara de leite operam maravilhas.
Proclamas a cada passo que esperas confiante o esplendor do futuro mas, essas outras crianças chorarem desamparadas, clamaremos em vão pelo mundo melhor