CULTIVANDO A HONESTIDADE
Autor: Jorge J. Wagner
Honesto é aquele que procede de forma correta em todas as circunstancias de sua vida, é bom, é decente, tem dignidade e caráter ilibado.
Honestidade é a palavra que indica a qualidade de uma pessoa que não mente, não frauda e não engana nada ou ninguém em tempo algum.
Quem é honesto apresenta características de um verdadeiro homem de bem, pois fala a verdade, não é dissimulado e repudia a malandragem de querer levar vantagem em todas as ocasiões.
Vivemos presentemente momentos conturbados em nossa sociedade. Os valores morais não estão recebendo a atenção que deveriam ter. Mentiras surgem por todos os lados e em muitas situações.
Situações que, à primeira vista possam expressar apenas falta de educação ou de compromisso com os horários, por exemplo, na verdade refletem a nossa pouca vontade de vencer as imperfeições.
Afinal, cumprir rigorosamente horários e compromissos assumidos exigem determinação, seriedade e responsabilidade. Como não é sempre que estamos dispostos a isso, surgem então as mentiras e as desculpas.
Analisando a sociedade atual, vemos que existe enorme condescendência para com as mentiras. E os ensinamentos de correção e honestidade são deixados de lado sendo sempre seguidos de desculpas.
Se a criança mente, é que ela tem muita imaginação e, existem até os que vêem nisso algo positivo. Como a infância é um período extremamente valioso para a aquisição de valores morais vamos alimentar um futuro adulto que não se importará de também mentir.
Quando o adolescente não diz a verdade, engana ou esconde atitudes erradas muitas vezes recebe apoio ou desculpas porque, argumentam os adultos, este é um período conturbado, de afirmação e de contestação.
Se for o adulto que mente, existe uma enorme lista para desculpar este grave deslize moral começando pela situação difícil pelo qual passa a sociedade argumentando que a culpa é do stress ou do desemprego.
Poucos realmente enfrentam o fato de que a mentira é um vício de caráter, uma falta que deve ser duramente combatida, sem tréguas.
Se não existissem mentiras, haveria confiança entre as pessoas. Sem confiança surgem as suspeitas, os desequilíbrios, os muros altos, a segurança dobrada e o mais triste e grave que são as desavenças familiares, que por seu lado, produz uma sociedade desconfiada, triste e retraída.
Cultivar a verdade exige modificações de comportamento, significa não compactuar com conversas que visem denegrir quem quer que seja ou falar sobre assuntos banais porque estão na moda.
Temos atualmente a valiosa oportunidade de conhecer um pouco de tudo e de todos os lugares. A Internet nos proporciona encontros, reencontros, aprendizado histórico, geográfico, econômico e através das redes sociais podemos conhecer o que as pessoas pensam e sentem sobre o mundo, sobre Deus, sobre os seres humanos e o que querem da vida.
Valiosa oportunidade de moralizar-se, de aprender a ser correto, de ajudar àqueles que ainda não o são.
Quando não escolhemos o caminho da ética e da moral resvalamos para a mentira que é porta aberta para as más influências espirituais. O hábito da mentira trás a perturbação espiritual para a nossa vida, para o nosso lar.
Cultivar a verdade, além de estabelecer a confiança entre as pessoas, cria um clima de cordialidade que produz alegria e paz.
No livro “Boa Nova”, o espírito Humberto de Campos com a psicografia de Chico Xavier diz que ”A mentira e a tirania exigem exércitos e monarcas, espadas e riquezas imensas para dominarem as criaturas”.
“Basta, no entanto um homem bom para ensinar a verdade de Deus e exaltar-lhe as glórias eternas, confortando a infinita legião de seus filhos”.
Que possamos ter como hábito lembrar sempre que a prática da verdade é salutar, a da mentira é doentia, a verdade liberta, a mentira aprisiona, a verdade é paciente, a mentira tem pressa, a verdade produz paz, a mentira inquietação. A verdade produz frutos saudáveis, a mentira produz desavenças.